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Crise? Ouvi falar, mas decidi não participar

Crise? Ouvi falar, mas decidi não participar.

Essa frase ficou célebre quando durante a crise mundial de 2008 perguntaram a Sam Walton, fundador do Walmart, o que ele achava da crise. Sua resposta foi:

Crise? Ouvi falar, mas decidi não participar. – Sam Walton

Para mim foi uma das respostas mais inteligentes e motivadoras para todos empreendedores que atualmente se deparam com o caos que o Gobierno brasileiro instaurou na economia brasileira.

Mais do que inspiração, essa é uma postura que se você assumir, suas chances de sair vivo dessa crise toda, será muito maior. Digo mais ainda, sua chance de sair bem mais forte será maior ainda.

Um sentimento comum que tenho percebido em encontros com empreendedores aqui no Brasil é o de total abatimento e até mesmo apatia derrotista. Esse é o tipo de posicionamento que não ajuda em nada.

Outro momento que parece fazer parte do ritual da crise é a seção lamúria. Reclamar da crise, queda das vendas e dificuldades de fechar novos negócios virou uma mania. Xingar o governo, um verdadeiro esporte nacional nos últimos tempos, também faz parte desse ritual.

Minha pergunta é: Isso resolve alguma coisa? Vai reverter o quadro recessivo/depressivo atual? Vai fazer as vendas bombarem no dia seguinte? Definitivamente não.

Encarando o problema de frente

O fato é que a crise econômica está aí e ao que tudo indica, veio para ficar por um longo tempo, portanto, ou você se adapta ou então morre. É claro que na maioria das vezes isso não é tarefa fácil, mas é sua única opção para se salvar desse verdadeiro caos.

Uma das características do empreendedor de sucesso é justamente sua capacidade de adaptação. Charles Darwin mostrou que a evolução das espécies se deu justamente em cima da capacidade de cada espécie se adaptar a condições do meio em que viviam. No mundo dos negócios vale a mesma regra.

Muitas empresas que hoje em dia estão no topo, se alavancaram justamente em um momento de crise. O case da Playmobil é um desses exemplos. Pressionada pela crise do petróleo em 1978, revisou seu mix de produtos e saiu do lugar de uma mera fabricante de cacarecos e brinquedos de plástico para a posição de uma das gigantes do segmento de brinquedos.

O que fazer?

Antes de continuar a leitura, deixe de lado aquela postura de “isso eu não posso fazer” e abra sua mente para sugestões. Dizer que isso não vai funcionar é um posicionamento simplista e não vai tirar você do atoleiro. Aceite a dificuldade como um desafio.

O primeiro passo é se perguntar o que você pode mudar em sua empresa. Se você trabalha no setor industrial, e seu produto não está vendendo por ter um valor agregado alto, ou por estar na lista dos produtos supérfluos em tempos de crise, será que você não pode mudar sua linha de produtos aproveitando o equipamento que já tem?

Se você decidiu não participar da crise, o primeiro passo é aceitar os novos desafios
Se você decidiu não participar da crise, o primeiro passo é aceitar os novos desafios

Porque não pensar em partir para uma linha de produtos de menor valor e maior aceitação no mercado. Outra linha de ação é avaliar se existe uma forma mais barata de produzir o mesmo produto, mesmo que seja retirando alguns itens, sem contudo, comprometer a qualidade.

Sei que essa é uma proposta bem complicada, mas com muito trabalho e pesquisa, você talvez possa identificar itens do produto, que em tempos de vacas gordas, criavam um diferencial muito bom, apesar de encarecer o preço final do produto, mas que hoje, acabam dificultando sua venda em função do custo elevado.

Para ajudar nesse processo eu recomendo a leitura de um livro que realmente mudou minha maneira de pensar e analisar produtos e serviços. O nome é A Estratégia do Oceano Azul – Como Criar Novos Mercados e Tornar A Concorrência Irrelevante, de W. Chan Kim e Renée Mauborgne.

Nele os autores analisam diversas empresas que reinventaram seus produtos e serviços, criando novos mercados e muitas vezes reduzindo custos e aumentando a margem de lucro. Quer uma coisa melhor que essa?

Soluções no mundo online

Uma ideia interessante para superar estes momentos de crise é investir no comércio eletrônico, como forma de cortar custos fixos de instalações físicas e romper com as barreiras geográficas do seu negócio.

A criação de uma loja virtual, seja no segmento B2C ou B2B, pode ajudar em muito na conquista de novos clientes na Internet. Criar novos canais de venda é sempre uma boa opção para alavancar vendas e no caso do e-commerce, o investimento pode ser bem reduzido.

[icon name=icon-hand-right]  Leia o artigo Quanto Custa Uma Loja Virtual

Outra vantagem desse tipo de canal de vendas a locais que uma loja local não conseguiria atingir, transformando o seu perfil de consumidor de local para nacional. Uma das grandes vantagens do e-commerce é quebrar as barreiras geográficas e isso significa mais clientes e faturamento.

Busque novos mercados

Outra opção é sai em busca de novos mercados, até mesmo no exterior, uma velha estratégia dos empresários brasileiros em tempos de crise. Com a alta do dólar, muitos mercados se tornaram extremamente competitivos para os produtos brasileiros e exportar pode ser uma ótima solução.

Se a sua desculpa para entrar no segmento de exportação for a questão da Burrocracia brasileira, você pode optar por criar uma empresa no exterior, como por exemplo, nos Estados Unidos e intermediar as vendas por lá. Existem empresas, como a USA Realize, que cuidam de toda parte de constituição da empresa e outras questões organizacionais para você.

Não fique se culpando por estar transferindo sua empresa para outro país. Essa história de fortalecimento da indústria nacional fica muito bonitinho no discurso dos burocratas bolivarianos atualmente no poder, mas na prática, você precisa é sobreviver.

[icon name=icon-hand-right]  Leia o artigo Como Montar Uma Empresa nos Estados Unidos

O fato é que a crise está aí. Diante desse quadro, você tem basicamente duas opções. Ou fica se lamentando e vê o seu negócio derreter enquanto você resmunga, ou então assume a rédea do seu futuro e simplesmente se recusa a participar dela.

Mantenha-se atualizado sobre esse e outros assuntos referentes ao empreendedorismo no Brasil, assinando nosso Boletim Informativo.

Por Alberto Valle, diretor e instrutor da Academia do Marketing

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